10 filmes históricos que esquecem a história.

Quando aparece no trailer o no início do filme a frase “baseado em uma história real” saiba que quase com certeza você não verá a história real. Quando o filme é histórico pior ainda, pois diversos fatos passarão batidos pelo público se forem modificados.

Historiadores admitem que os filmes atraem a atenção do público geral de uma forma que livro nenhum conseguiria, mas as vezes os erros históricos são grandes demais. Existem diversas produções famosas que deixam qualquer historiador babando de raiva e abaixo você confere 10 delas.


A Batalha de Bulges

O filme retrata um importante conflito ocorrido entre aliados e alemães depois da invasão da Normandia. Os nazistas aproveitam-se do péssimo clima que impede o pouso do suporte aéreo para atacar com tanques. Mas a falta de combustível se mostra um ponto fraco para os alemães, o que foi aproveitado pelo tenente-coronel Kiley para ganhar a batalha.

O primeiro ponto que fica esquisito foi o local das filmagens. Os produtores utilizaram florestas da Espanha para retratar o inverno da Bélgica, sendo que nenhum grande esforço foi feito para que o clima fosse retratado. Tendo sido uma batalha praticamente focada em tanques de guerra, os utilizados no filme são bem fora da realidade.

Foram utilizados nas filmagens tanques da guerra da Coréia, mais modernos do que aqueles vistos na batalha real. Eles nem sequer eram das cores certas. Até mesmo o problema com suprimentos e combustível sofrido pelos alemães foi retratado de forma errônea.


A Ponte do Rio Kwai

Um dos dramas de guerra mais conhecidos do mundo, seja pelo filme ou pela melodia histórica, reconta a história de um herói de maneira errada.

No filme, o Col. Nicholson se torna prisioneiro de guerra nas mãos dos japoneses, que utilizam os soldados inimigos para construir uma ponte, que lhes daria uma vantagem estratégica. Como oficial com a maior patente, cabe a Nicholson comandar seus homens nesta tarefa. Para a surpresa de todos (japoneses e aliados) o coronel passa a ter como obsessão a construção de uma ponte sólida. Seu objetivo é aumentar a moral da tropa.

Na vida real, o tenente coronel Philip Toosey realmente tinha uma obsessão, manter seus homens vivos. Ele não queria ajudar os japoneses, mas sabia que sem construir a ponte seus homens acabariam mortos.


Aventura Sangrenta

Este western conta a história real da expedição comandada por Lewis e Clark pelo estado da Pensilvânia. Segundo o filme os dois encontram em seu caminho uma nativa chamada Sacagawea que se mostrou muito útil, principalmente ao atravessar uma aldeia de índios hostis. Durante o filme ela e Clark se apaixonam e precisam lutar contra o vilão do filme, o invejoso Toussaint Charbonneau.

Na vida real a dupla de exploradores realmente recebeu muita ajuda de uma nativa americana chamada Sacagawea, que era esposa de Charbonneau, um canadense-francês que foi contratado pelos dois como tradutor. Ela só foi levada junto com eles na expedição porque estava grávida do marido e segundo os historiadores nunca tentou nada com Clark.



Coração Valente

Mesmo que alguns descendentes do próprio Wallace tenham participado do filme, alguns pontos do filme dirigido por Mel Gibson fugiram muito do contexto histórico.

Para quem não viu o filme, trata-se de uma biografia de William Wallace, que ao retornar a sua terra natal encontra o povo oprimido pelo brutal rei Edward I. Depois que soldados ingleses matam a esposa de Wallace ele comanda os escoceses em diversas batalhas para expulsar os ingleses de seu país. Durante este período ele tem um pequeno romance com Isabella, a esposa do filho de Edward I.

Segundo os historiadores, o rei Edward I nunca instituiu o recurso da primae noctis (que permitia a nobres e oficiais ingleses tirar a virgindade de uma noiva no dia de seu casamento). Durante o filme os escoceses usam kilts nas batalhas, coisa que não é provável segundo eles.

Outro ponto complicado é o romance entre Isabella e Wallace, porque no período retratado no filme ela era apenas um bebê. Assim como Edward II, que aparece como um adulto no filme e neste período deveria ter apenas 13 anos. Coração Valente também exagera o problema existente entre Inglaterra e Escócia, pois no século XIII os dois países viviam um período de relativa paz que já durava quase 100 anos e o povo deste país em geral não exigia ser livre dos ingleses.


Shakespeare Apaixonado

Apesar de ser o mais famoso autor da língua inglesa, pouco se sabe sobre a vida pessoal de Willian Shakespeare. Mas uma coisa que não foi aceita com bons olhos foi a idéia de que a tragédia de Romeu e Julieta foi baseado em um romance do próprio com uma dama da sociedade. Sabe-se que ele foi pegando pedaços de diversas estórias para se inspirar e nada foi criado gradualmente como o filme sugere.

Sabe-se que ele inspirou diversos de seus sonetos em uma dama de cor “escura”. Inclusive alguns perguntam porque não fizeram o filme baseado nesta romance mais próximo da realidade. Inclusive o filme não tem personagens negros importantes em uma época onde a cidade de Londres tinha uma grande quantidade de pessoas desta etnia.



O Intrépido General Custer

Alguns consideram este um dos filmes que mais distorce a história na qual se baseia. Acompanhando a vida pessoal e militar do general da Guerra Civil americana George Armstrong Custer até a controversa batalha que matou ele e mais 200 soldados sob seu comando.

A primeira coisa que chama a atenção são os números de guerra do general, que foram

exagerados. O filme sugere que sua promoção dentro do exército foi causada por um erro administrativo, o que não aconteceu. O filme afirma que o general virou alcoólatra em 1865, quando na verdade ele largou o álcool depois de um incidente em 1862.

Alguns expectadores reclamam da visão que o filme passa dos índios, principalmente do chefe “Cavalo Louco”, mas sendo uma produção de 1941 eu não esperaria nada diferente. O filme passa a idéia que ele entrou em sua última batalha por simpatia aos nativos americanos, fazendo até mesmo uma carta emocionante expondo seus motivos. Ele vai ao campo de batalha sabendo que não deverá sair desta vivo, mas ainda assim faz este último sacrifício. Historiadores apontam que ele entrou no campo de batalha arrogantemente e que não tinha nenhuma das boas intenções mostradas.


Pocahontas

Quando a Disney fez sua versão da história entre uma índia americana e um colonizador inglês muitos historiadores ficaram irritados. Primeiramente a nativa foi retratada como adulta e segundo o que se tem conhecimento ela não tinham mais de 11 anos quando se envolveu com o inglês John Smith. No filme eles tentam criar uma atmosfera de romance e os historiadores discordam fortemente desta visão.

John Smith realmente conheceu uma nativa americana, mas eles nunca se casaram. Ela acabou se unindo a outro inglês, chamado John Rolfe.

Se quiser ver uma versão mais parecida com a realidade desta história assista Novo Mundo, com Colin Farrell e Christian Bale. Ainda assim Pocahontas não é retratada como criança neste filme.


JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar

Oliver Stone lançou seu filme sobre o assassinato do presidente americano e muita gente ficou de cabelo em pé. Apesar de diversas teorias conspiratórias terem sido sugeridas para a morte de Kennedy, nenhum havia aparecido como verdade. O filme afirmava que o FBI, a CIA e até o exército americano estavam por trás de uma conspiração tramando a morte do presidente para que ele não acabasse com a guerra do Vietnã.

Algumas pessoas já acreditavam em teorias deste tipo, mas historiadores consideram o filme de Stone pura ficção. Alguns apontam que o diretor modificou fatos para atingir o seu objetivo. Um exemplo foi o depoimento de David Ferrie, um dos suspeitos de Garrison (vivido no filme por Kevin Costner). No filme ele admite ter participado de uma conspiração com o objetivo de matar Kennedy. Na vida real ele negou a participação e inclusive se voluntariou a passar por um detector de mentiras.

O filme também se omitiu no fato da principal testemunha de Garrison ter sido trazida através do uso de drogas e hipnose.

Gerald Ford e David Belin, que fizeram parte do comitê federal que apontou Lee Harvey Oswald como único responsável pelo crime, declararam que o filme era “uma degradação da memória de Kennedy” e “uma fraudulenta interpretação da verdade para o povo americano.”


Pearl Harbor

Dirigido por Michael Bay, este filme tem grandes explosões assim como todos os outros que ele faz, mas faltam alguns pontos importantes, que foram mudados provavelmente para agradar o público.

Durante o filme somos apresentados a dois amigos que durante a guerra se reencontram no meio do ataque japonês à base americana. Eles dão um jeito de entrar em seus aviões e abater diversos inimigos no ar. Na vida real nenhum dos pilotos que conseguiram levantar vôo abateram tantos aviões.

Os personagens são enviados depois para a missão de bombardear Tóquio, mas na verdade nenhum piloto de caça foi enviado nesta missão. Pearl Harbor usa as falas do comandante japonês vistas em Tora! Tora! Tora!, que no mundo real nunca foram ditas. Também é mostrada uma cena onde o presidente americano Roosevelt levanta de sua cadeira de rodas, o que nunca aconteceu.


Gladiador

O diretor Ridley Scott contratou um historiador para manter o seu filme o mais próximo da realidade, mas ao colocar um personagem fictício para ter uma importância tão grande no centro das ações, as coisas acabariam saindo fora do objetivo. Infelizmente este não é o único problema com o filme.

No filme o imperador Marco Aurélio não confia em seu filho Commodus e por isso pretende passar o comando do império para Maximus, seu mais competente general. Sabendo do plano do pai, Commodus resolve mata-lo e ordenar a morte de Maximus. Ele escapa, é preso por mercadores de escravos e passa a ser um gladiador nas arenas do império.

O primeiro ponto que os historiadores reclamam é o desejo de Marco Aurélio em voltar para Roma. O filme também retrata o governo de Commodus como um período de 2 anos, o que na verdade levou 13. Ele inclusive era mais jovem e mais em forma, diferente da representação do filme, sem contar o fato de que o acusam de ter matado o pai, coisa que não aconteceu.

O filme mostra batalhas que não aconteceram, catapultas que não foram usadas, uma raça de cão que simplesmente não existia nesta época, inscrições em latim estão escritas de forma errada e o anacronismo de oficiais gritando “fogo” para soldados com arcos e flechas, sendo que a expressão só passou a ser usada com o advento das armas de fogo.


Fonte: Pipoca de bites

Curiosidades legais essas.

4 comentários:

  1. Serio você achou importante comentar da Pocahontas q é um filme infantil que não tem nenhuma finalidade pra ter algum contexto historio, ou vc ñ achou importante comentar sobre Bastardos Inglorios q tem erros historicos graves, ou vc achou q Hitler foi assassinado no teatro e EUA tinha um esquadrão de judeus na França

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  2. O objetivo de Bastardos Inglórios é mostrar uma total ficção em cima de fatos reais, meu caro.

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  3. Tô rachando do comentário sobre Bastardos Inglórios...rsrs. Quando assisti o filme pensei que deveria ter sido inserido uma nota explicativa no final, mas depois achei que seria absolutamente desnecessário. Agora vejo que eu estava errado.

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